"Chamo-a de Mulher Selvagem porque essas exatas palavras, mulher e selvagem, criam 'llamar o tocar a Ia puerta', a batida dos contos de fadas à porta da psique profunda da mulher. 'Llamar o tocar a Ia puerta' significa literalmente tocar o instrumento do nome para abrir uma porta. Significa usar palavras para obter a abertura de uma passagem. Não importa a cultura pela qual a mulher seja influenciada, ela compreende as palavras mulher e selvagem intuitivamente. Quando as mulheres ouvem essas palavras, uma lembrança muito antiga é acionada, voltando a ter vida. Trata-se da lembrança do nosso parentesco absoluto, inegável e irrevogável com o feminino selvagem, um relacionamento que pode ter se tornado espectral pela negligência, que pode ter sido soterrado pelo excesso de domesticação, proscrito pela cultura que nos cerca ou simplesmente não ser mais compreendido. Podemos ter-nos esquecido do seu nome, podemos não atender quando ela chama o nosso; mas na nossa medula nós a conhecemos e sentimos sua falta. Sabemos que ela nos pertence; bem como nós a ela. Foi dentro desse relacionamento essencial, fundamental e básico que nascemos e na nossa essência é dele que derivamos. "
Trecho do livro "Mulheres que correm com os lobos", de Clarissa Pinkola Estés, um dos pilares norteadores do meu trabalho com a fotografia feminina.
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A sua Mulher Selvagem, como está?
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